Sabe aquele filme que merece ser visto várias e várias
vezes? Bem, Kingsman é um deles. Provavelmente um dos melhores filmes que
assisti esse ano, e olha que eu vi muitos!
Já faz algum tempo que cansei de filmes de ação,
principalmente os atuais, sempre tão clichês e previsíveis que possuem apenas
cenas de ação e nada mais. Kingsman veio para mudar e melhorar esse cenário, há
tempos não assisto a um filme tão bom que mescla ação, drama e comédia. Fiquei
em êxtase durante todo o filme e até mesmo depois de vê-lo.
Já no início do longa nos é apresentado a agência de
espionagem “Kingsman” e suas técnicas um tanto diferentes. E conhecemos também
o protagonista Eggsy (Taron Egerton) um garoto talentoso, mas que possui sérios
problemas de disciplina.
Ao conhecer Harry (Colin Firth), Eggsy se junta ao time de
recrutas para um novo posto na agência, essa é a premissa dos trailers, mas o
filme vai muito além disso, foge de todos os clichês de filmes de ação e te
prende de tal forma durante as duas horas que você nem vê o tempo passar, e
quando termina quer assistir tudo de novo.
Eu particularmente após ver o trailer tinha grandes
expectativas, mas ainda assim achava que já havia decifrado o filme todo,
acreditando que este era previsível. Que nada! O filme me surpreendeu e muito.
Em todos os sentidos possíveis, o decorrer da história, a coragem de fazer o
filme ir e vir em sentidos diferentes dos demais do mesmo gênero, nos
surpreendendo nas escolhas do futuro dos personagens e um roteiro sensacional,
sagaz e divertido.
Eu já esperava que a direção e o tom do filme seriam
diferentes por ser de Matthew Vaughn (Kick-Ass e X-Men Primeira Classe) que
possui uma forma peculiar de direção, principalmente no uso das câmeras que é a
minha parte favorita, mas é melhor ainda. As cenas de ação são incrivelmente
bem dirigidas e coreografadas, principalmente a cena de luta em uma igreja e as
cenas finais. O ritmo empregado ao filme também é ótimo, é em tom frenético que
você sente a necessidade de continuar assistindo, mas ao mesmo tempo desenvolve
muito bem a história.
E há também aquelas peculiaridades citadas que me lembram o
Tarantino, como uma música que não tem nada a ver com a cena, mas ao mesmo
tempo se encaixa perfeitamente. Eu sei que não faz sentido, mas ao assistir
você entende o que quero dizer, acredite.
Exemplo é a cena da Hit Girl no prédio do vilão Mark Strong
no primeiro filme do Kick Ass, matando dezenas de homens ao som de “Bad Reputation”
de Joan Jett. Eu amo esse tipo de coisa, Kingsman é recheado dessas cenas
únicas.
Dizer que o elenco é sensacional chega a ser pouco, com
nomes como Colin Firth, Michael Caine, Mark Strong e Samuel L. Jackson como um
vilão com a língua presa (isso mesmo, as cenas dele são hilárias) não tem como
não ser algo excepcional. Só com a aparição de Colin Firth no primeiro trailer
já esperava-se algo fenomenal, com todos esses nomes envolvidos então nem se
fala. E apesar de ter participado de poucos filmes até agora, Taron Egerton que
interpreta Eggsy não faz feio e arrasa no papel principal, principalmente nas
cenas de ação, com grande destaque nas cômicas também.
A trilha é algo a parte, outro elemento apaixonante no filme
junto com a fotografia que é super gostosa de apreciar.
Acredito que as características que tornam o filme diferente
existam por se tratar de uma adaptação da HQ de Mark Millar também autor de
Kick-Ass e explica também os elementos diferentes e por alguns considerados
“bizarros” no filme. Eu sou fã dessas “bizarrices”, mas caso você as estranhe
de início, continue porque vale à pena. Eu adoro quase tudo que é diferente e
consequentemente cativante como neste filme e só tenho uma coisa a dizer: Que
venha o segundo!
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